A Primeira Epístola de João
Texto áureo: “E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos
anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” – 1 Jo 1:5
Introdução
As Cartas, tanto as Paulinas quanto as Gerais, mesmo
distante do universo da Igreja Primitiva há cerca de dois mil anos, ainda
produzem os mesmos efeitos morais e espirituais do primeiro século, uma vez que
ainda sacodem não somente servos de Deus em qualquer lugar do planeta, mas,
sobretudo, comunidades cristãs evangélicas têm encontrado o real caminho do Céu
após estuda-las sob a égide da oração. Aleluia!
Nesta matéria abordaremos três Cartas deste contexto
literário, as quais, podem, perfeitamente, se estudadas com humildade e oração,
revolucionar nossa história como cristãos evangélicos pentecostais. Então,
munidos da Graça da Humildade e da oração sistemática, estudemô-las.
a Primeira Carta de Pedro, as Escrituras Sagradas revelam a
excepcional transformação do antigo pescador de natureza truculenta nos dias do
ministério público do Senhor Jesus. Agora, nas três cartas do Apóstolo João,
estaremos diante de um homem que, depois de ser reconhecido pelo próprio Senhor Jesus pela alcunha de
“FILHO DO TROVÃO” Mc.3:17, tornou-se exemplo de mansidão e amor no seio da
Igreja Primitiva. 1 Jo.4:7. O que
seria isso? Os registros bíblicos
mostram aos leitores da Bíblia Sagrada uma infinidade de homens que aos olhos
humanos jamais dariam certo em quaisquer tipos de sociedades. Entretanto, a
própria Escritura Sagrada revela homens torcidos, retorcidos, incapazes,
explosivos, inviáveis que deram certo para Deus. O Senhor ainda transforma
VERDADEIROS TROVÕES em vidas cheias da Graça da paciência e da Graça do amor na
expressão sacrificial. Jesus Cristo jamais chama homens preparados, e sim, Ele
mesmo prepara os homens a quem interessa-LHE chamar.
Objetivo Apostólico
da Primeira Epístola de João
A Primeira Epístola de João é a quarta das chamadas CARTAS
GERAIS. A epístola é considerada o livro mais íntimo da Bíblia Sagrada.
Trata-se dos escritos de um pai aos seus filhos. O próprio João a escreveu
cerca do ano 90, na cidade de
Éfeso. A Carta não traz o nome de João, mas pela leitura logo
descobre-se os dedos do apóstolo amado.
Paulo, falando de João, Pedro e Tiago, chama-os de “COLUNAS
NA IGREJA PRIMITIVA” – Gl.2:9. Então,
João foi de uma importância extraordinária à vida da Igreja do Senhor no
primeiro século. A Primeira Carta foi escrita para que todos os
sevos de Deus saibam que têm a vida eterna. 1 Jo.5:13. A Carta tem o propósito
de combater as falsas doutrinas, especialmente o gnosticísmo, uma terrível
praga herética que começara a ceifar vidas da Igreja do Senhor. 2:18-19.
GNOSTICISMO.
Ecletísmo (nota abaixo) filosófico-religioso surgido nos
primeiros séculos da nossa era e diversificado em numerosas seitas, e que
visava a conciliar todas as religiões e a explicar-lhes o sentido mais profundo
por meio da GNOSE.
GNOSE – do grego gnõsis.
1. Conhecimento,
sabedoria.
2. Conhecimento
esotérico e perfeito da divindade, e que se transmite por tradição e mediante
ritos de iniciação.
SINCRETÍSMO: Reunião de elementos doutrinários de origens diversas que não chegam a se articular em uma unidade
sistemática consistente.
O GNOTICÍSMO negava a doutrina da encarnação de Jesus.
Seu ensinamento básico:
<Sendo Deus uma
divindade boa, não podia jamais ter contato com a matéria má, OS HOMENS>.
Paralelismo* Entre a Primeira Epístola de João e o Evangelho de Jesus
*Posição de linhas ou superfícies paralelas.
Há um paralelísmo
entre o Evangelho Segundo João e a sua Primeira Carta.
O Evangelho Segundo João foi escrito para que, CRENDO,
tenhamos a vida eterna. Jo 20:31; a Primeira Carta de João foi escrita para
sabermos que temos a vida eterna. 1 Jo 5:13.
O Evangelho Segundo
João começa pelo lado divino – Capítulo 1 de João; a Primeira Carta de
João começa pelo lado humano. Capítulo 1 de 1 João.
O Relacionamento de João com O Senhor Jesus
João notabilizou-se como um grande e admirável fiel
companheiro de Jesus Cristo. Discípulo amado e, tão bem relacionado com o
Senhor, era capaz de ser flagrado reclinado no peito de Cristo, DESCANSANDO. Jo
13:23.
No dia da morte do Salvador Jesus Cristo, segundo a Bíblia
Sagrada, foi o único discípulo presente
no Gólgota. Jo 19:25-26. Jesus entregou a João a responsabilidade de
proteger sua mãe – João 19:27. Fazia
parte do chamado “grupo íntimo do Salvador”. Mt.17:1ss. 26:36-37.
Mc.1:29ss. Lc.22:7-8.
Quadro Histórico de
João
Segundo a Tradição
Pastor da Igreja em Éfeso, de onde saiu para o exílio na
Ilha de Patmos, no Mar Egeu. Ao ser libertado, retornou ao rebanho do Senhor em
Éfeso. Já velho e cansado, era conduzido aos cultos na casa do Senhor, onde
limitava-se em dizer: “filhinhos,
amai-vos uns aos outros”. Tinha por discípulos seus mais notáveis: Policarpo,
Papias e Inácio. Faleceu nas imediações
do ano 95 [final do primeiro século – último apóstolo do Senhor Jesus Cristo a
falecer].
Que Deus é este que transforma “filhos do trovão” em
verdadeiros tesouros de Sua graça? Pois bem, este mesmo Deus ainda procura
homens e mulheres que queiram dar certo nos domínios da vida terrestre. A
tradição humana diz que “Deus escreve certo em linhas tortas”. Negativo! Ele
conserta o torto para escrever em linhas retas. Amém!
A Primeira Epístola
de João
Parte 2
Texto áureo: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para
que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus
Cristo, o Justo” – 1 Jo 2:1.
Introdução
A Posição de João
na Igreja
Os escolhidos de Deus precisam ter uma posição diante dos
membros da Igreja de Jesus. A palavra posição, no grego, é βαθμός <vathmós> e denota: “degrau” “degrau de uma escada” Gn 28:10-17>. A primeira posição do
escolhido na Igreja é a sua própria vida literalmente em Cristo. 2 Co 5:17ss. A
Igreja de Jesus sempre conviveu com obreiros diuturnamente interessados em
cargos, posição ministerial, etc., os quais esquecem ou na realidade não sabem
que a nossa primeira posição na Igreja
chama-se: “estar em Cristo” – Estar em Cristo é o primeiro degrau.
Consideração paulina pertinente a João: “coluna da igreja”
ao lado de Pedro e Tiago. Gl.2:9. Quando a visão procede do Apóstolo Paulo,
quaisquer outras considerações tornam-se desnecessárias.
A palavra coluna, do grego στύλος < stylos >,
significa: “coluna que apóia o peso de um edifício”. A Igreja Cristo,
identificada por Paulo como um edifício de pedras vivas - 1 Co 3:9. 2 Co 5:1.
Ef 2:21, especificamente a Igreja no primeiro século, apoiava-se sobre a fé sobrenatural
dos apóstolos. O povo de Deus, em todos os tempos e em todos os lugares, sempre
dependeu de grandes referências espirituais palpáveis. Prestemos atenção nas
referências abaixo:
1. E disse o Senhor a Moisés: Eis que eu
virei a ti numa nuvem espessa, para que o povo ouça, falando eu contigo, e para
que também creiam em ti eternamente Ex 19:9.
2. Em dias de
ameaças de fome, todo o País do Egito apoiou-se sobre José Gn 41:38-44.
3. Em dias negros
para Israel, o povo de Deus apoiou-se em Samuel 1 Sm 7:3-8.
4. Em dias de
ameaças de Golias, o menino Davi sustentou o País dos hebreus 1 Sm 17.
5. Passageiros e
tripulantes de um navio, ao serem ameaçados por vendavais assassinos,
apoiaram-se em Paulo Atos
27.
6. O Apóstolo
João manifestou-se como uma das colunas da Igreja nos dias do Império Romano,
quando homens e mulheres eram arrastados cotidianamente para a morte.
NOTA: Os membros da Igreja de Cristo ainda desejam
conviver com escolhidos de Deus capazes de sustenta-los na fé, na oração e na
Palavra do Senhor nesses dias de linchamento da moral, indiferentismo
espiritual, perseguição do mundanismo dentro dos templos da Igreja, etc. Não é
de título que os homens de Deus precisam, e sim de posição firme e sobrenatural
no meio do povo do eterno. A posição de coluna. Colunas são elementos mantidos
diuturnamente em posição ereta, isto é, em pé. Colunas não
dormem.
Após a ascensão de Jesus, João continuou relacionando-se bem
com Pedro. Aparecem juntos na cura do coxo numa das entradas do Templo dos
Judeus - At 3:1ss; num interrogatório diante do Sinédrio - At.4:13-19; em
Samaria como ministros do Evangelho procedentes da Igreja em Jerusalém –
At.8:14.
Há crentes que, após uma experiência pessoal com Jesus,
abandonam escolhidos de Deus até então tidos como amigos, companheiros. Já
existem até as reuniões especificamente de vasos. João e Pedro, mesmo não tendo
mais a presença física de Jesus por perto, continuaram relacionando-se como
amigos. Aprendamos com João.











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