O OBREIRO DIÓTREFES
“Tenho
escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura entre eles a primazia, não nos
recebe...”. 3 João 9-11.
A
fragilidade humana pode levar o indivíduo a um comportamento que comprometa a si
e as outras pessoas. Isso tem acontecido naturalmente desde o primeiro homem;
atualmente não é diferente, continuam agindo da mesma maneira, principalmente no
meio cristão, onde também existem pessoas de toda natureza: ambiciosas, egoístas
e desobedientes etc. A Bíblia relata histórias de pessoas com essas qualidades;
no entanto, é através das suas atitudes que extraímos lições para o nosso
cotidiano. Tomaremos como exemplo o comportamento do obreiro
Diótrefes.
Quem
era Diótrefes?
Um
ambicioso obreiro, cujo nome significava “alimentado por Júpter” ou Zeus. Estes
eram deuses da mitologia greco-romana, Diótrefes era cheio de superstições
pagãs, e ambicioso por glórias humanas. Ele cresceu orgulhoso, arrogante e cheio
de prepotência; incapaz de respeitar as autoridades, principalmente as da igreja
na época. Foi atraído pelo cristianismo e professou a sua fé em Cristo, e
tornou-se membro da igreja local; ele passou a ter uma grande influência na
cidade até chegar a ser ordenado a Ministro do Evangelho. Elevou-se entre as
lideranças da igreja, mas havia algo que estava guardado no seu coração, o ciúme
doentio ao ver a influência do apóstolo João como líder da
Igreja.
Todo
indivíduo ciumento adora exercer a primazia. Diótrefes sempre procurava ter
entre eles o primado, estar em destaque; esse era o seu prazer e jamais pusera
em prática os ensinamentos de Jesus (Mc 10.44). Além do mais ele não estava
disposto a sofrer pela Igreja, mas se ufanava através dos trabalhos fundados
pelo outros. Demonstrava defender a justiça social, e com isso ele promovia a
justiça própria e não a divina.
Servia
a si mesma
As
pessoas com características de Diótrefes sempre buscam aquilo que é do seu
interesse e da sua família. Esse obreiro também fingia que estava a serviço de
todos, e arquitetava a tomada do poder para sustentar a sua primazia; para isso
ele tinha habilidade, influenciava as pessoas com a finalidade de alcançar a
supremacia. Ele usava a demagogia que se usa nos dias de hoje, só pensava em si,
cuidava dos seus próprios interesses. Diótrefes era o tipo de obreiro que não
comparecia às reuniões que tivessem à frente outra liderança; e quando estava
presente, tratava com descaso quem estivesse liderando a reunião, como também os
trabalhos organizados pelos outros colegas. Ele desestimulava quaisquer pessoas
que estivessem interessadas em ajudar no desenvolvimento da Igreja e do
evangelho. O que ele mais gostava era de ser louvado; se fosse hoje, seria estar
em destaque na mídia: na televisão, jornais, nas redes sociais, ou seja, nos
meios de comunicações sendo aplaudido por todos. Entretanto, o egoísmo estava
arraigado no seu coração, e pessoas assim não se contentam com nada.
O
desprezo a João
Obreiro
egoísta despreza os colegas, subestima, contrariando todo o princípio cristão.
Diótrefes nem sequer considerava João, mesmo sabendo que ele havia sido
discípulo do Senhor, embora os demais membros da Igreja tivessem uma grande
consideração a João como “pai espiritual”. Com Diótrefes não era assim,
principalmente quando o ouvia pregar; enquanto João pregava, ele
resmungava, era um procedimento maligno, não aceitava os enviados por
ele, muito menos o convidava para pregar, nem ao menos para visitar a igreja.
Mas a admirável coragem de João não retrocedia e nem se intimidava com as
atitudes de Diótrefes. João era obreiro de verdade e tinha convicção de sua
chamada.
Devemos ter muito cuidado para não agirmos da mesma maneira que esse mal
obreiro “Diótrefes”. Considere os homens de Deus, deixe de lado toda arrogância
e exaltação, prefira o caminho da humildade; entenda o que disse o apóstolo
Paulo: - “cada um considere o seu irmão superior a si mesmo” (Fp 2.3),
principalmente o ministro, ele tem a responsabilidade dada por Deus para ser
exemplo e cuidar do rebanho. O obreiro Diótrefes era um dominador e brigão, ele
não reconhecia a legitimidade de João como apóstolo de Cristo, pois ele queria
ter a primazia de apóstolo no lugar de
João; em compensação havia na igreja dois obreiros elogiados por João por terem
comportamentos excelentes: Gaio e Demétrio. Estes receberam elogios de João.
Queridos obreiros, o nosso bom exemplo deve contagiar os mais novos.
“Amado,
não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz mal não tem
visto a Deus”.
“Guardai-vos
dos maus obreiros” Fp 3.2
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