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O Crente e a Índole da Ovelha


O Crente e a Índole da Ovelha

Texto áureo: “Eu Sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido". João 10:14.

 
Verdade prática: “Os crentes genuinamente chamados pelo Senhor Jesus Cristo, o Eterno e Supremo Pastor, certamente conhecem e atendem a Sua eterna voz”.

 

   Introdução


A Bíblia Sagrada revela-nos uma série de elementos especiais, os quais são disponibilizados por Deus a Seus filhos na terra, para que estes entendam de forma mais ampla e eficaz a vontade divina revelada na palavra escrita, as Escrituras Sagradas. Esses elementos são nominados de tipos, símbolos, metáforas, sombras, parábolas.

 

Portanto, uma diversidade de elementos móveis e imóveis, animais e não animais, são manifestos nas páginas sagradas para ilustrar não somente o crente, mas diversos tipos de elementos dentro dos domínios da Nova Aliança. Dentre essa diversidade de elementos, encontramos a águia, o lobo, o cão, o camêlo, a pomba, o abutre, etc. etc.

 

Entretanto, nesta série de estudos sagrados, estaremos, em princípio, estudando a natureza da ovelha, comparando-a com as atividades práticas dos servos do Senhor. A ovelha, inclusive, não somente é a mais destacada identificação do povo de Deus em toda a Bíblia Sagrada e domínios cristãos, mas também aparece nas páginas do Velho Testamento como um dos mais aceitáveis sacrifícios nos rituais cerimoniais da Lei Mosaica. Estudemos, pois, este palpitante assunto.

    

   O Universo dos Elementos Figurativos

 

Tropologia é o termo teológico pertinente à mensagem manifesta dentro do universo dos elementos figurativos. O vocábulo tropologia procede do grego tropología e significa: 'linguagem figurada'. Qualificações: “uso de linguagem figurada” – “tratado acerca dos tropos” <o grego tropos significa: ‘argumentos com que os cépticos da Antiguidade pretendiam mostrar ser impossível atingir a verdade’>. 

 

Tipo, do grego týpos. Significa “sinal”.

 

Tipologia, do grego  týpos + logia <Týpologia> = O estudo dos tipos. Qualificações: “Aquilo que inspira fé como modelo” – “Coisa que reúne em si os caracteres distintivos de uma classe”. Exemplos de tipos no Velho Testamento:  Noé – na construção da grande arca – <Jesus>, José <Jesus>, Abraão – em Gênesis 24 – <Deus>, Isaque em Gênesis 24 <Jesus>, Moisés – em Êxodo 12:1ss – <A Palavra de Deus>, etc.

 

   Símbolo, do grego sýmbolon e do latim symbolu.

 

Simbologia <grego> = sýmbolon + logia = É o estudo dos símbolos. Qualificações:

 

1>  Aquilo que, por um princípio de analogia, representa ou substitui outra coisa.

 

2>  Aquilo que, por sua forma ou sua natureza evoca, representa ou substitui, num determinado contexto, algo abstrato ou ausente.

 

3>  Objeto material que, por convenção arbitrária, representa ou designa uma realidade complexa.

 

4>  Elemento descritivo ou narrativo suscetível de dupla interpretação, associada quer ao plano das idéias, quer ao plano real.

 

5>  Elemento gráfico ou objeto que representa e/ou indica de forma convencional um elemento importante para o esclarecimento ou a realização de alguma coisa; sinal.

 

6>  Sinal que substitui o nome de uma coisa ou de uma ação.

 

7>  Figura convencional elaborada expressamente para representar uma coisa; emblema, insígnia.

 

8>  Pessoa ou personagem que representa determinado comportamento ou atividade.

 

9>  Alegoria, comparação; metáfora.  

 

   Alegoria: a etimologia grega indica: “Exposição de um pensamento sob forma figurada” – “Ficção que representa uma coisa para dar idéia de outra” – “Seqüência de metáforas que significam uma coisa nas palavras e outra no sentido”. As Escrituras Sagradas apropriam-se de de uma diversidade de alegorias apossando-se de eventos passados.  Hb 9:9. Gl 4:24.

 

Parábola. Do latim parabola e do grego parabolí, é: “Narração alegórica na qual o conjunto de elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem superior”.

 

Sombra. Do latim umbra. O termo sombra trata-se de uma expressão referente a leis, diferentes rituais, cultos e ministérios, etc. etc. dentro da Velha Aliança. Isto é, nos domínios do Velho Testamento. São eventos que, face à sua semelhança subentendida <a mensagem é até aceita pela mente do crente, mas nunca de forma expressa>, servem apenas de figura, tendo o seu pleno cumprimento na Dispensação da Graça, quando os elementos tornam-se reais, palpáveis, visíveis. Cl 2:17. Hb 8:5. 10:1, etc.   

 

Metáfora é: “Tropo que consiste na transferência de uma palavra para um âmbito semântico que não é o do objeto que ela designa, e que se fundamenta numa relação de semelhança subentendida entre o sentido próprio e o figurado; translação”. 

 

A Vida Natural da Ovelha


Mt 18:12-13. Jo 10:15. Mt 12:12

 

Ovelha: Nome comum de determinados mamíferos herbívoros que pertencem a um único gênero e se encontram em estado selvagem ou domesticados. Chama-se carneiro ao macho da ovelha e cordeiro ou borrego às crias, conforme a idade. As variedades domésticas constituem as ovelhas típicas. São as que estão distribuídas com maior amplitude e são criadas em quase todos os países do mundo. Ao contrário, as espécies selvagens têm uma área de distribuição mais restrita e recebem outros nomes. Entre estas últimas estão o muflão das Rochosas e o argali da Sibéria.

    

   A raça de gado ovino mencionada com maior freqüência nas páginas da Bíblia Sagrada é a que se distingue por ter cauda volumosa. Esse tipo de ovelhas possui pesagem entre quatro quilos e meio a sete quilos. Um animal considerado excelente para corte <alimentação>. A maioria das ovelhas de cauda volumosa, dentro do mundo bíblico, era de cor branca, mas também algumas eram negras, castanhas ou malhadas. A cor da ovelha, no entanto, em nada altera a índole desse animal. 

 

Por ser um animal de natureza passiva, dócil, mansa e inocente, a ovelha torna-se presa fácil de predadores, ladrões e de acidentes naturais. São capazes de despencarem-se facilmente de quaisquer tipos de abismos. Face à natureza sempre vulnerável dependem muito da atenção especial do pastor. É exatamente  essa dependência que faz da ovelha um animal terno e afetivo. Isso, inclusive, explica porque muitos pastores apegam-se a esse tipo de criação.

 

No mundo bíblico antigo, quando um pastor percebia que uma ovelha tinha tendência para se extraviar do rebanho, costumava, quando por ocasião de repouso, amarrar a cauda dessa ovelha <às vezes usava uma tira de couro> a uma de suas pernas, isto é, prendia o animalzinho no seu próprio corpo. Era incomodo para o pastor, porém, esse ato desarmava totalmente a ovelha fujona, inquieta.

 

Em alguns centros criadores de gado ovino, são muito comuns nas regiões secas da Austrália, da África do Sul, da Nova Zelândia, da América do Sul, dos Estados Unidos e da Península Ibérica, quando uma ovelha se extravia, o pastor, uma vez conhecedor dos perigos que sempre cercaram o animal, jamais se arrisca a ficar esperando que a ovelha volte sozinha ao aprisco. Não! Sai à sua procura, por conhecer as tendências frágeis do animal.

 

   Um outro grande detalhe pertinente à ovelha é que trata-se de um animal limpo e domesticável, ou seja, adapta-se facilmente à domação do pastor. Palavras do Sumo-Pastor Jesus Cristo: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma” – “Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” – Mt 11:29-30. Jugo, do latim jugu, significa:

 

1> Canga*.

 

2> A junta de bois.

 

3> Fig. Sujeição.

 

4> Fig.  Obediência com submissão.

 

* “Peça de madeira que prende os bois pelo pescoço e os liga ao carro, ou ao arado; jugo”. 

 

Somente a canga de Jesus nos faz submissos a Ele. Sem a canga, jamais seremos submissos. Canga é a manifestação da Palavra de Deus como prisão espiritual do crente. Esse tipo de prisão conduz o crente à obediência com submissão. Crente algum jamais será submisso sem antes atrelar-se a Jesus Cristo.

 

Obs.: Um par de animais juntos e presos numa só canga, num só jugo, só poderão se alimentar num só lugar. O mais forte sempre arrastará o mais fraco. Esta é a lei dos carros-de-boi no trabalho com o arado.  Filhinhos, Jesus Cristo é O “Forte”; o crente, o “fraco”. “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma”. Palavras do Espírito de Deus reveladas a João: “Porque esta é a caridade <amor> de Deus: que guardemos os seus mandamentos, e os seus mandamentos não são pesados” – 1 João 5:3.


Quando estamos presos ao JUGO de Jesus, certamente, aonde Ele estiver lá também estaremos. AONDE Ele for, também iremos. É O JUGO.

    

   O Crente e a Natureza Afetiva da Ovelha


A partir deste item “II” resumiremos detalhes do item anterior, no sentido único de analisá-los à luz da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Acima, por exemplo, abordamos que, a ovelha, por ser extremamente um animal vulnerável <2 Cor 11:3>, depende muito da atenção especial do pastor. E é exatamente essa dependência que mostra a ovelha como um animal terno e afetivo. Isto, inclusive, explica porque muitos pastores são apegados a esse tipo de criação. Animal dócil, afetuoso, submisso, meigo. Is 53:7. Jr 11:19. Estamos falando de ovelhas, caro leitor.

 

O cristão evangélico é o resultado prático das palavras de Jesus em Mt 11:29 “...aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”. Um dos resultados fundamentais do imenso amor de Cristo pela Igreja, após a consumação da obra no Gólgota, encontra-se exatamente na natureza dos membros da mesma: afetuosidade, brandura, quietude, mansidão, benignidade, submissão, docilidade, meiguice, etc. Col 3:12.

 

Antes de qualquer exercício espiritual pró-igreja na localidade, sejais ovelha. De nada adiantar-nos-á volumes de trabalhos prestados à localidade se não formos ovelhas. Os serviços da igreja numa localidade devem ser os serviços das ovelhas do Senhor. “...aprendei de mim <disse Jesus>, que sou manso e humilde de coração”. Caro leitor, “Jesus é o Grande Pastor das ovelhas” <Hb 13:20>. Portanto, “...não sejas como ovelhas sem pastor” <Nm 27:17>. Existem ovelhas sem pastor? Sim! São os hebreus, o povo de Israel, desgarrados temporariamente do grande e Eterno Sumo Pastor, Jesus Cristo. Em seguida, vêem os ex-integrantes da Igreja do Senhor. O Capítulo 15 de Lucas revela-nos três tipos de crentes desgarrados <ovelhas longe do redil>.

 

1.     A ovelha perdida:  aponta para o crente que, por algum tipo de sedução ou perseguição, deixa a casa do Senhor, a Igreja. Algumas vezes essa partida ocorre de forma involuntária. 15:4-7.

 

2.     A dracma perdida: aponta para o crente perdido dentro do próprio templo da Igreja na localidade. Um valor espiritual ou ministerial perdido. 15:5-8-10.

 

3.     O filho pródigo: aponta para o crente que, de livre e espontânea vontade, deixa a casa do Senhor, a Igreja na localidade. 15:11-32.

 

   O Crente e a Comunicação da Ovelha

 Uma das grandes preocupações do pastor de ovelhas encontra-se exatamente quando esses animais, de forma excessiva, começam a roçar a cabeça um ao outro. Ou seja, bater cabeça-com-cabeça. Esse gesto ovelhum denota comunicação, diálogo apressado. Por que preocupar-se, pastor? Porque esses diálogos costumam manifestar-se como planos de fuga. De imediato, o pastor  não somente procura dissipá-las, separando-as, mas também permanece atento aos movimentos do rebanho.

 

Esse comportamento ovino nas igrejas locais <e não na igreja invisível>, entre os membros da Igreja, identifica fofocas, calúnias, murmurações, conversas perniciosas, fugas, segredos entre membros e difamações em circulação dentro dos templos locais <apriscos espirituais>. O gesto cabeça-com-cabeça identifica-se em reuniões clandestinas à revelia do conhecimento do pastor da Igreja. É depois de grandes fofocas, murmúrios, etc., que o pastor costuma  sofrer amargas perdas de fiéis, quando diversas ovelhas se debandam. Geralmente, sob o comando de uma só “ovelha”.

 

Os locais preferidos de reunião de fofoqueiros é a porta do templo logo após o término das reuniões ou residências de membros da igreja, quando por ocasião de visitas desnecessárias para prolongados bate-papos. Essas reuniões, segundo a Palavra de Deus, interessam especificamente aos lobos, chacais, ursos, leões, etc. famosos predadores de ovelhas em fuga. Sl. 15:1ss. Pv. 10:18. 16:28. Mt. 12:36. Jo.6:41. 6:1. 7:32. 1 Cor.10:10. Ef.4:29.

    

   Obs.: Caso o pastor do rebanho do Senhor numa igreja local não intervenha nessas “constantes e persistentes reuniões”, certamente os resultados poderão ser catastróficos dentro do aprisco espiritual. Nos apriscos naturais os pastores sempre contam com um grande número de fiéis e dedicados ajudantes. São cooperadores práticos. Sempre à disposição do rebanho. O pastor das ovelhas de Jesus na terra depende de homens fiéis e dedicados, aos quais chamamos de presbíteros, diáconos, dirigentes de congregações, dirigentes de grupos locais tais como professores de escola bíblica dominical, conselheiros, presidentes de crianças, adolescentes, jovens, senhoras e senhores. É preciso que esses servos sejam pessoas fiéis ao pastor local e ao Sumo-Pastor, dignas, responsáveis, dedicadas, práticas, etc.

 

“...requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel” 1 Cor 4:2.

 

“...sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade *, no espírito, na fé, na pureza”. 1 Tm 4:12. *O grego agapí, na íntegra, significa: “amor que se avalia pelo sacrifício”. Agapí é usado para descrever o amor de Deus e o sentimento amoroso que Ele coloca no coração do homem. É possível encontra-lo em  Rm 5:5. 1 Cor 13. Ef 5:25. 1 Jo 3:16.

 

“Em tudo, te dá por exemplo de boas obras; na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós”. Tt 2:7-8.

O maior destaque manifesto como ovelha nas páginas da Bíblia Sagrada e nos anais da história secular foi O Senhor Jesus Cristo. Ele, Jesus, é o maior ancestral do crente como ovelha espiritual. Ele mesmo é a Ovelha muda de Isaías 53:7.  “Aprendei de Mim” [Mt.11:29], recomenda-nos. Aprender, é: “Reter na memória, mediante o estudo, a observação ou a experiência”. “Tornar-se apto ou capaz de alguma coisa, em conseqüência de estudo, observação, experiência, advertência, etc”. “Tomar conhecimento de algo, retê-lo na memória, em conseqüência de estudo, observação, experiência, advertência”,

 

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